sábado, 29 de outubro de 2011

Pinotage Bio 2010

A Pinotage é uma cepa exclusivamente sul-africana, um cruzamento entre Pinot noir e a Cinsault . Ja foi ícone do país, mas vem perdendo espaço para Shiraz, Sauvignon blanc, Merlot e Cabernet Sauvignon.
Esse  Danie de Wet Pinotage Bio 2010 que tomamos essa semana é muito agradável, um vinho simples, muito frutado e sem passagem por madeira, com um final levemente adocicado. Indicado para quem está começando a se familiarizar com os vinhos e quer algo mais leve.
Custa R$ 37,00 na Mistral, mas pagamos R$ 58,00 na Domenico Pizzeria, onde acompanhou a pizza Alba que eles servem, a base de gorgonzola, sementes de papoula e mel trufado, na minha opinião uma das melhores da cidade.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Fim de semana de Borgonhas

Uma opção para quem quer tomar vinhos franceses da Borgonha sem pagar muito pela garrafa de vinho são os Borgonhas tintos (pinot noir) de Côte Chalonnaise, e os borgonhas brancos (chardonnay) do distrito de Mâconnais (ambos ficam ao sul de Côte d'Or que é principal distrito da Borgonha).
Podem não ser tão bons quanto os vinhos de Côte d'Or, mas podem ser muito agradáveis e com excelente custo benefício.
Nesse final de semana tomamos 2 garrafas dessas regiões, as duas do produtor  Antonin Rodet.
A primeira um Macon-Villages 2008, um exemplar de Chardonnay bem mineral e fresco, que não passa por madeira, com muito aroma de frutas, leve e muito agradável de beber.
O segundo foi um tinto de Mercurey também 2008, com as características típicas da Pinot noir, coloração clara, quase terrosa, muito aroma de frutas vermelhas e acidez equilibrada.
Os dois exemplares estão disponíveis no Verdemar por menos de R$50,00 cada garrafa, uma excelente opção, mais baratos do que alguns vinhos locais de qualidade duvidosa.


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Le Volte 2008

O Super Toscanos surgiram no final dos anos 70. Quando os vinhos Chianti perderam força, alguns produtores passaram a plantar uvas não permitidas pela legislação italiana, usando Cabernet Sauvignon, Merlot,  Cabernet Franc e outras variedades de uvas internacionais em sua composição. Dessa forma os vinhos não poderiam ser classificados nem como Chianti nem com as DOCs tradicionais e teriam de ser classificados em categorias inferiores. Só que como o resultado foram vinhos excepcionais, surgiu essa nomenclatura não oficial de "Super Toscanos".  Essa introdução foi pra falar do vinho de hoje, que na verdade é derivado dos Supertoscanos, seria um "supertoscaninho" um vinho mais simples da Tenuta dell'Ornellaia, grande produtora de Supertoscanos. Trata-se do Le Volte Bolgheri IGT 2008, um corte de Sangiovese (em maior proporção) com Merlot e Cabernet Sauvignon que  passa por 8 meses em barricas de carvalho. No ínicio me pareceu muito fechado, pesado, mas com o tempo foi ficando mais macio na boca, muito aroma de frutas e menta. No final da garrafa estava excepcional e por isso acho que vale a pena descansar algum tempo no decanter antes de ser saboreado. Um grande vinho.

sábado, 8 de outubro de 2011

Um vinho branco brasileiro de quase 20 anos de garrafa

O meu sogro, Francisco, tem alguns vinhos muito antigos em sua adega, algumas raridades de quem já comprava e apreciava vinho enquanto a bebida nem era tão comentada no Brasil como é hoje. Esse Domaine Saint Germain 1992 foi um presente dele. Procurando na internet não achei muita coisa, apenas que atualmente o produtor é a Aurora e as safras atuais são feitas a partir de trebbiano e semillon. No rótulo só constava como sendo um blanc de blancs.
Eu sei que vinhos como esse não são de guarda, ainda mais por ser de uma época que a produção nacional não apresentava a tecnologia que tem hoje. Por isso a surpresa, pois o vinho após 19 anos em garrafa estava muito bom, aromas florais e no paladar com notas de maracujá e acidez pronunciada, que se não soubesse a origem diria se tratar de um honesto Sauvignon Blanc.