sábado, 19 de novembro de 2011

Beaujolais Nouveau para brasileiros

Toda terceira quinta-feira do mês de novembro é comemorado na França o "Beaujolais Nouveau est arrivé". Uma grande operação é montada todo anos para distribuí-lo para vários países no mundo. O Beaujolais Nouveau feito com a uva Gamay, é um vinho jovem, muito frutado e agrada a maioria dos paladares. O ritual que se repete há mais de 60 anos não é para celebrá-lo com um bom vinho, mas sim como o primeiro vinho da safra do ano a chegar ao mercado.
Muitos criticam o vinho pela sua baixa qualidade, jogada de marketing e etc,  mas eu gosto. Ontem fomos a um restaurante de BH, famoso pela sua baixa margem de lucro cobrada nas garrafas de vinho e, surpreendentemente, ele estava sendo vendido a R$ 87,00.
Talvez mais surpreendente ainda foi que várias mesas estavam consumindo o vinho e o sommelier ainda me informou que estava sendo um sucesso de vendas desde quinta-feira. Na França uma garrafa não sai por mais de 10 , que é a proposta do Beaujolais Nouveau, um vinho simples e barato apenas para celebrar.
Mas como não estamos na França, optei por beber um Pinot noir Neo Zelandês de mesmo valor.
Tudo isso faz lembrar o sommelier português João Pires, que em visita ao Brasil ao ser perguntado sobre o que ficou na memória sobre os vinhos no Brasil, respondeu: "O preço dos bons vinhos internacionais, nos melhores restaurantes do Brasil, custam três vezes mais do que nos restaurantes 3 estrelas do guia Michellin em Londres, e o mais íncrivel, os brasileiros pagam."

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Vinhos da Turquia (parte I)

A Turquia não é um pais conhecido pelos seus vinhos, mas nessa última semana que passamos em Istambul, provamos alguns vinhos interessantes. Começo aqui falando sobre o que mais me chamou a atenção, um vinho rosé da vinícola Sevilen. Uma vínicola fundada em 1942, localizada na cidade de Izmir, do extremo oeste da Turquia. Eles possuem plantações em 2 regiões, uma a 150 metros de altitude e outra a 900 metros. Produzem vinhos com uvas tradicionais (Merlot, Cabernet, Syrah, etc) e uvas nativas da região de nome complicado (Kalecik karasi, Bogazkere, etc). Essa garrafa de R Roze 2008 me surpreendeu bastante, feita com 40% Syrah e 60% Cabernet Sauvignon, um vinho bastante fresco, com frutas vermelhas no aroma e paladar. Acompanhou muito bem uma  tábua com queijo feta e pão pita e um "pide", espécie de pizza turca em formato de barca muito saborosa.
Talvez tenha influenciado o local agradável onde tomamos, o Palatium café & restaurante, que fica no bairro de Sultanahmet, mesas com poltronas aconchegantes, música ambiente e ótimo serviço.